Perdoa de uma vez. E pronto.
Perdoar não significa fechar os olhos!
Não significa ser fraco!
Perdoar = Criar espaço.
Quando a palavra “perdão” começa a voar em nós, há um momento em que as nossas vozes interiores aparecem. Aparecem em nossa defesa, claro!
Observa essas vozes. Essas personagens que vivem em ti.
Aparece a personagem medrosa que te diz para não perdoares, pois sabes que se o fizeres, irá acontecer-te outra vez.
Aparece o autoritário, que te diz que não podes pensar tão pouco em perdoar. Essa hipótese não existe!
Aparece o Juiz Iluminado, que te diz que as pessoas devem ser punidas pelos seus atos. Como tal, não perdoar é apenas o castigo óbvio para a atitude do outro.
Observa essas vozes. Não és tu. Agradece e avança.
A voz silenciosa que vais ouvir em seguida, nasce da tua bússola interior. Não são palavras, não são pensamentos. E basta um momento lá.
Um momento em que sabes que não há nada a perdoar, pois a vida sabe mais. A vida não se engana. Quando pousares o martelo verás que era apenas a tua própria voz. E talvez caminhes para agradecer a tudo e todos aquilo que vives. Especialmente a ti.