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Porque não vivemos o que vive em nós?

Sim, porque não vives o que vive em ti?

Porque tens medo! Não, não penses em mais nada! Não te justifiques, assume o que é! Tens medo!!!!

Medo de perder algo ou alguém, medo de não ser aceite, medo que te julguem, medo de não ser capaz… MEDO!!!

Claro que há quem defenda que é o medo que nos protege de nos magoarmos, de nos ferirmos, de não cometermos loucuras, de perdermos o juízo…

Mas olha, se nunca perdeste o juízo então nunca viveste verdadeiramente. Viveste escondido no teu lado esquerdo do cérebro, no teu lado racional, nas tuas crenças e limitações.

Olha para ti…

Olha bem para dentro de ti!

O que vive aí dentro? E onde esta tudo isso cá fora?

Pois é… Foi isso que vieste cá fazer… Trazer o que esta aí dentro cá para fora… essa alegria, essa vontade de SER…esse mundo que não se vê…

 

E o que tens feito acerca disso?

Tens feito de conta que não se passa nada aí dentro…

Trazes cá para fora uma ou outra coisa, assim a medo… Devagar… A medir os passos, as consequências…

Sim, fazes isso porque tens medo…

E o que esperas? Que o tempo passe para poderes dizer “Agora já é tarde demais!”.

Não faças mais isso. Agarra os comandos da tua vida…

Talvez já o tenhas tentado fazer ou feito num ou outro momento, vê lá se não é assim…

Certo dia, decides tomar uma decisão que sai fora do previsto, para ti e para os outros, a sensação que se segue é semelhante a de que sentirias se pegasses nos comandos de um boeing…Jesus…que difícil…mas assim de repente és capaz e levas o avião às nuvens, estás no céu.

A adrenalina toma conta de ti e decides “Vou fazer isto sempre!”

Mas, de seguida, uma rajada de vento assusta-te e o avião desce a pique “Que susto! Não, não! Nada te vai fazer apanhar outro susto daqueles.”

E ligas o piloto o piloto automático rapidamente. E decides convencer-te que mesmo em piloto automático és tu que comandas. És tu que o acionas. Mentira. A dada altura o teu medo e o aparente conforto que o piloto automático te dão passam a ser tu. Claro que sabes que o piloto automático são as tuas crenças e limitações, bem agasalhadas no medo e claro…não tens tempo, saúde, nem dinheiro…

Quantas vezes dizes que queres muito estar com um amigo mas não estás porque não tens tempo….

… Querias ir caminhar, mas estás cansado…

… Querias ler um livro mas estás esgotado e os miúdos não deixam…

… Querias dizer amo-te mas provavelmente não vais receber um amo te de volta…

… Querias abraçar…mas o outro talvez não queira o teu abraço…

Desculpas! Tudo desculpas para um só nome… MEDO!

Desculpas para não seres responsável pela tua vida…

E aí começa a sensação de vazio que nos caracteriza e toda a gente diz sentir…

Simples…

Porque… NÃO VIVEMOS O QUE VIVE EM NÓS.

E é esta contradição que nos faz sentir estranhos…

É esta contradição que podemos ignorar quando criamos uma agenda tao preenchida que não temos tempo para olhar para ela: trabalho, trabalho, filhos, família, saúde, tarefas e tarefas e um cansaço…

Mas fica sabendo que essa contradição não se vai embora. E a parte de ti que tens que abraçar e cuidar… E deixares crescer e viver… És tu… Sem a tua história…

Esse vazio não é depressão, nem tristeza… És tu a chamar por ti… És tu a dizer-te anda lá… Vamos SER!

Aqueles momentos em que somos felizes sem saber porquê…

Porque somos…

Sim, já sei que a tua vozinha interior está a dar-te mil motivos para não acreditares em nada disto.

Diz a tua voz interior que sim, que a estás a ouvir… Mas que te vais dar uma oportunidade de pegar nos comandos, aos poucos talvez e pegar no telefone para dizeres o que sentes, calçar as sapatilhas e dar um passeio na praia ou convidar alguém para ter aquela conversa que há muito vive em ti…

Que tal seres o piloto, diretor e argumentista da tua vida?

Arrisca!